Se a dor da vida me enfraquece e cala,
O que fazer de toda essa emoção contida?
Por que me foi negado o fim da história,
Se os erros meus se sublimaram nesta solidão perdida?
E aqui me encontro, novamente, em prantos,
Por não poder manifestar minha paixão sofrida…
E as horas passam numa angustiada espera,
Que não se encerra, a alimentar a ilusão sentida.
E você segue seu caminho, sem me ver ao lado,
A recolher migalhas de seu coração partido…
Desconsolado, já nem mesmo me incomodo
Em disfarçar tamanha humilhação vivida…
E me entrego, enfim, a essa triste sina,
A confundir a imaginação… e a verdadeira Vida!