Da ponta fina e sutil escorre meu pensamento:
Ora, em profunda tristeza, ora, pleno em alegria.
Seria, a tinta, o humor, o sangue de nossas vidas?
Quem alterna o sentimento, da dor à melancolia?
Quem, da mão, faz sua escrava, levando à mente a vontade,
Calando, em si, o desejo, recompondo a harmonia?…
Seria, enfim, ao contrário, apenas por ironia,
Que a vida se originasse da folha em branco e vazia?
Assim, por mero capricho, rabisco esta poesia,
Que nada diz, na verdade, pois nada me restaria,
Senão silêncio e saudade, senão andrajos de amor…