Tempo demais!

Busco os limites de meus infortúnios
Nos atos, nos pensamentos, nas palavras…
Na solidão que me cala e consente,
Na angústia de não ser presente…
Procuro, na vida que me resta,
Um motivo, uma razão, uma vontade
Que seja, para perseverar e crer…
Para prosseguir, mesmo contra a razão.
Porém, minhas mazelas são pequenas,
Meus limites são restritos, fracos…
Meus propósitos, mesquinhos,
Ao menos aos olhos da realidade…
E o caminho que percebo é enorme!
Tempo demais para percorrer,
Antes que o desejo se acabe,
Antes que o fim se alcance...