Dizem os discípulos de Budha: o que importa é “o aqui e o agora”. Muito se tem repetido esse aforismo, embora pouco se tenha meditado a respeito de seu pleno significado.
Não vou cansá-los tentando explicar o que me parece óbvio! Mas sei que o passado já foi escrito e o futuro ainda está por se registrar nas páginas das nossas vidas… só o presente está “aqui e agora”, pronto para ser degustado, experenciado, vivido em toda a sua plenitude! Ou então, deixado à sua própria sorte, passando ao largo de nossos olhos, de nossos pensamentos, de nossos sentimentos e ações possíveis!
Brindemos, pois, ao presente, que só ele nos pertence!
E à Natureza, que preserva nossa pureza, ingenuidade, simplicidade e beleza, únicas e incomparáveis! Saudemos esse Universo que nos envolve, com suas miríades de estrelas que cintilam em nossos olhos, turvos de civilização e de conflitos, obscurecidos pela brutalidade trazida pelos próprios homens à sua cotidiana vida… não é a violência das selvas que nos assusta, e sim a escuridão da alma humana, embaciada pelos vícios e ambições terrenas…
Sempre que mais um ano se completa em nossas vidas, percebemos a grandeza do Cosmo diante de nós, mas, ainda assim, continuamos apegados demais às fraquezas, que seduzem mais do que o entardecer… Não quero antever os dias que virão, com promessas que não sei se cabem em minhas possibilidades futuras… quero, apenas, viver o que o tempo me oferece a cada dia…isso me bastará sempre!
Desejo, portanto, àqueles que se importam comigo, e àqueles a quem entrego meus pensamentos, um feliz dia de hoje, a cada novo amanhecer…