Exponho-me a olhares desatentos,
Que não enxergam, em mim, o Outro Ser…
Exibo-me à ganância insaciável dos medíocres,
Que não percebem suas próprias formas
Em meu corpo pleno…
Cá estou, armadilha dos incautos,
Que se vexam de seu próprio ser embrutecido,
Que de seu corpo enrubescem, vendo o meu…
Sou assim, espelho de suas vergonhas!…
Reflexo de seu pudor hipócrita,
Objeto da nudez humana, que não se vê!
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