A fria lâmina percorre seu destino,
Estranhamente muda, silenciosa e bela,
Em um segundo, separando as existências,
Eternamente calando a dor inconsolada.
Ali, repousa o corpo de um menino,
Enquanto a morte, em plenitude, se revela.
E, anciã, se esvai a alma, desgarrada,
Semicerrando, aos cegos olhos, as ausências…
Amores velhos, companheiros de jornada.
Nada mais resta, senão dizer a ela:
“Melhor morrer, a viver só, em desatino”.
Outrora fora feliz, com sua amada –
Assim pensara, confiando ser aquela,
Razão perene, de um sonho pequenino.
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