A tua presença me agride
Como os ponteiros de um relógio…
A me alertarem do tempo que se foi,
Sem deixar marcas, nem lembranças…
Apenas horas,
A se cobrirem do pó do esquecimento…
A tua ausência me ofende,
Dilacerando-me as vísceras,
Arrancadas por tua indiferença,
Sem cicatrizes nem feridas…
Apenas sangue,
A jorrar, aos borbotões,
A me cobrir da dor da Solidão…
Presença ausente,
Falas desprovidas de emoção.
Apenas Nada,
A preencher o Universo dos meus sonhos,
A recordar que a Vida permanece,
Reprise de um filme esmaecido,
Silenciosamente mudo…
Apenas cenas
Desconexas, sem sentido,
Angustiadamente assim…
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