Metáfora das metáforas:
A essência poética
É uma vivência hermética!
Busca, o Poeta, ocultar, em suas palavras,
O sentido da sua própria expressão.
Em cada figura, uma armadilha
Ao leitor desatento:
“Não me lerás assim, tão facilmente!
Decifra-me e, ainda assim, te enganarei!”
Não há segredo mais guardado
Que a Alma do Poeta!
Ele não tem compromissos…
Nem Razão!
Busca, na rima, na contradição,
Distrair, do leitor, a atenção.
E, nos melindres de sua paixão,
Despistar sua própria emoção.
Sofre, com as Palavras!
Não somente com a Alma…
Devora-lhe o temor
De ser, um dia, desvendado
Pela interpretação, desmascarado,
Exposto à crítica,
Ao mais vulgar entendimento,
Qual um texto banal…
Assim, fugindo à lógica,
Persegue, em tortuosos labirintos,
Encontrar sua própria, absurda
E única Verdade!
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